Passeio...


E os gritos se tornam uma canção
No meio da tempestade de sentidos
Quando dois corpos atrevidos
Tateiam as paredes do infinito...
R.

Meus lábios, toca com os teus,
Tua língua insinua sobre a minha.
Beija-me o beijo impudico dos ateus,
Provoca-me o frio lascivo na espinha!

Teus lábios, desliza no meu queixo,
Escorrega-os em direção ao alvo pescoço.
Tira-me de mim, do meu próprio eixo,
Ah, perturba-me o âmago, até o osso!

Abre caminho pro vale entre os seios,
Em frente segue até o ventre sedoso.
Perca-os, detenha-os em outros veios,
Ah, tortura febril, passeio audacioso!


Volta à estrada, desce um pouco mais,
Há um monte que t’espera, um remanso.
Outros lábios, quentes lábios sensuais,
Ah, oásis de delírios, teu descanso!

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