Sonnet aux Amants


Et c’est une splendeur claire que rien n’égale,
Sous le soleil penchant ou la nuit automnale!
Albert Lozeau

Vendo-te a amar-me ora aqui à noitinha,
Hora em que Vênus no céu resplandece,
Monótono outono qu’antes me tinha...
De meu peito, no teu colo espairece


Que tamanha felicidade a minha!
A ter-te em mim desse jeito silvestre,
Jubilando em ti – abelha rainha...
Gozos da carne em fluência celeste!


Contigo aqui, amor, à hora vadia
Com o seio ruflando em descompasso,
Sinto em mim a noite tragar o dia...


Provendo cada vazio, cada espaço...
E no extático vôo em sincronia
Feneço frouxa de amor em teus braços...

Nenhum comentário:

Postar um comentário