Mãos de veludo


Aquelas mãos em toques eternos
em alguns minutos apenas horas se tornaram
Eternos movimentos das pontas dos dedos
Procuravam retorno desejado presente na pele..
Líria Bordinhão Dahlke

As mãos que desatavam nesta carne
Soluços langorosos no veludo,
Os meus sentidos todos em alarme,
Espasmos calorosos tão desnudos.

E todas as defesas em desarme,
Entregue o corpo lasso todo mudo,
Tuas mãos matreiras a regozijar-me
Num sonho de volúpia que foi tudo.

E longe delas, ai que não seguro,
A febre delirante por um toque,
Que firme, sedutor e tão maduro,

Em ébrios transes queime e me coloque!
Que desvairadamente eu procuro,
Na súbita centelha de um choque.

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