Apolíneo


Quisera que te vissem como eu via
Depois, à luz da lâmpada macia
O púbis negro sobre o corpo branco.
Vinicius de Moraes

Teu corpo esculpido contra a Lua,
Apolo soberano em evidência,
Da pele um calor que se insinua,
Arfando meus desejos, tua essência...


Mil graças, eu te rendo seminua,
Em preces de ternura e indecência...
A serva que te ama e te cultua
Com votos de louvor e apetência.


No branco dos lençóis as tuas linhas
Transpiram convulsões em nós assentes,
Que se desembaraçam pelas minhas


Em fluxos e refluxos tão crescentes!
O gozo frouxo que se adivinha...
Nas tuas formas belas tão contentes!

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